16.11.16

Perdi uma oportunidade, talvez.
Um amigo, verdadeiro, uma pessoa que está lá para o bem e para o mal, que me aconselha, que me apoia, que me chama a atenção, faz tudo, tudo, mas mesmo tudo para me ver bem e para estar do meu lado. O amor...
Fechei os braços a quem me amou com todas as suas forças porque já não confio nele, o amor. O que é isso?
Este ano não fui capaz de amar, foi me ensinado que o amor é uma tortura, é uma droga que nos ilude e esconde a verdade dura. É um caça sonhos que me roubou de facto. Roubou-me a felicidade, a força, a paz, roubou-me a alma.

É verdade, este ano eu morri. Morri porque a pessoa que eu era já não existe, nem sei onde foi. Desistiu desta vida e prefere mesmo desaparecer, estou sem forças, sem ânimos, sem ninguém. Anseio pela morte mais do que nunca, não há mais prazer em acordar todos os dias se não há nada que me traga felicidade ou que me faça dizer "Ainda bem que luto" NÂO!
Não há nada para me iluminar nesta escuridão e estou prestes a saltar de um penhasco.

Quero que a morte me encontre, o mais rápido possivel. Parte de mim ainda não me deixa desistir de vez e matar-me. Continuo a caminhar para a morte demasiado devagar mas mais morta que viva, tirem-me o sofrimento da depressão. Tirem me a doença mais estranha e egoista do mundo.
Tirem me deste mundo. Levem-me a mim, antes de todos os outros.

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