16.11.16

Perdi uma oportunidade, talvez.
Um amigo, verdadeiro, uma pessoa que está lá para o bem e para o mal, que me aconselha, que me apoia, que me chama a atenção, faz tudo, tudo, mas mesmo tudo para me ver bem e para estar do meu lado. O amor...
Fechei os braços a quem me amou com todas as suas forças porque já não confio nele, o amor. O que é isso?
Este ano não fui capaz de amar, foi me ensinado que o amor é uma tortura, é uma droga que nos ilude e esconde a verdade dura. É um caça sonhos que me roubou de facto. Roubou-me a felicidade, a força, a paz, roubou-me a alma.

É verdade, este ano eu morri. Morri porque a pessoa que eu era já não existe, nem sei onde foi. Desistiu desta vida e prefere mesmo desaparecer, estou sem forças, sem ânimos, sem ninguém. Anseio pela morte mais do que nunca, não há mais prazer em acordar todos os dias se não há nada que me traga felicidade ou que me faça dizer "Ainda bem que luto" NÂO!
Não há nada para me iluminar nesta escuridão e estou prestes a saltar de um penhasco.

Quero que a morte me encontre, o mais rápido possivel. Parte de mim ainda não me deixa desistir de vez e matar-me. Continuo a caminhar para a morte demasiado devagar mas mais morta que viva, tirem-me o sofrimento da depressão. Tirem me a doença mais estranha e egoista do mundo.
Tirem me deste mundo. Levem-me a mim, antes de todos os outros.

22.6.16

Desisti de me procurar. Tenho na minha cabeça a ideia de me entender mas no entanto não o consigo fazer nem sei se o deva. 
Agora sou uma pessoa diferente talvés, não interessa, não sei e a verdade é que gostava até de saber mas ninguém sabe. A maioria das pessoas pensa que sim, pensa que me afastei e que os evitei e de certa forma isso é mudar. Mas apenas me encontro perdida. 
Não encontro nada na vida que me prenda nela se não a minha forte personalidade e a minha imensidade de sonhos e vontades. Sinto me uma guerreira num mundo cheio do mesmo. Cheio de tudo o que tem, tudo o que não muda e tudo o que insiste em dar cabo de mim.
Viverei como até agora, sempre cheia do mesmo e sempre com esperança de que um dia mude. O verão já chegou, agora só espero que esses dias cheguem também. Necessito dessa paz.

15.6.16

Chamemos-lhe confusão, um estado psicológico distorcido, uma perda de identidade, um alguém desnorteado, talvez perdido. Perdido não! É tão sem esperança...
Encontro-me num estado além de mim, estado onde para mim é impossível ver-me a mim, não me encontro. Não sei o que quero, o que digo e o que faço. Sinto me essa pessoa varias vezes ao dia, se não grande parte do dia..
Acredito que tenha sido uma autentica perdida neste ultimo paragrafo mas faço me subentender que simplesmente não sinto que pertença ou queira pertencer a um mundo assim de vez em quando. A expressão "fit" descreve tal e qual o que sinto. "I don't fit in here".
O bom é que eu quero encontrar o que quero, quero viver sonhos e viver o que sempre sonhei. Nada me motiva mais que isso, a esperança que tenho em um dia fazer coisas que me proporcionem felicidade. Um dia encontrar alguém que me proporcione amizade e amor. Sim porque o amor, é algo que eu acredito que esteja presente no meu destino. Só porque sim. Pensamentos positivos atraem coisas positivas.
Sinto me uma mente aberta, para além de um ser perdido e vulnerável, ou até mesmo doente, estou de braços abertos ao mundo.
Desistir? Nunca, gemianos não são desistentes...